O que é a terraplanagem e para que serve?

10/10/2022 15h50 - Atualizado em 10/10/2022 15h45 por contatolalm

A terraplanagem é uma técnica que consiste em cortar e retirar o excesso de terra de um ambiente a fim de deixar a região nivelada. Nesse método, o material retirado é, muitas vezes, utilizado para cobrir outros espaços mais vazios de forma a deixar tudo plano.

Existem muitas maneiras de executar essa técnica, cada método depende do tipo de solo. Contudo, ao longo deste post detalharemos mais sobre como a terraplanagem é feita, especialmente, na construção civil, mas, de maneira geral, são três etapas:

  • desmatamento: após conseguir a autorização dos órgãos responsáveis, a vegetação é retirada;
  • destocamento: retirada ou queimada do entulho;
  • limpeza: os resíduos são retirados do terreno.

Além disso, a terraplanagem pode ser aplicada em diferentes projetos:

  • obras rodoviárias;
  • construções públicas e comerciais;
  • projetos residenciais;
  • terrenos em aclive e declive.

1.1. Qual é a diferença entre terraplanagem e terraplenagem?

Esses dois termos não só são bastante semelhantes — visto que em um há retirada da letra “a” e a adição do “e” — como também, são muito usados. No entanto, a terraplenagem tem origem no verbo terraplenar, ou seja, quer dizer preencher, já a outra palavra, é uma variação de aplainar, isto é, tornar plano.

Curiosamente, terraplenagem é o termo correto de acordo com o dicionário, o nome terraplanagem é mais informal. Portanto, é comum que documentos de engenharia e arquitetura usem o primeiro em vez do segundo.

  1. Como funciona a terraplanagem na construção civil?

Na construção civil a terraplanagem é uma técnica muito importante, principalmente, em áreas com vegetação e que ainda não passaram por processo de urbanização. Portanto, nesse setor, esse método significa deixar o solo pronto para que possa receber a obra. Como isso quer dizer construir a estrutura, é muito importante que a terra esteja plana para evitar qualquer tipo de problema de desnível.

Com essa responsabilidade, a terraplanagem se torna uma parte fundamental de qualquer canteiro de obras. Afinal, ela é a base e a primeira parte de um projeto estrutural de engenharia civil. Para a construção, esse tipo de técnica utiliza diversos equipamentos, como retroescavadeira, rolo compactador, trator, caminhões, entre outros.

2.1. Qual é a diferença da terraplanagem para a infraestrutura e para a construção civil?

Em relação aos fundamentos, ambas obras têm o mesmo tipo de princípio, contudo, o que realmente diferencia é que, enquanto para construir um prédio ou uma residência seja necessário retirar ou colocar uma certa quantidade de solo, a construção de infraestruturas, como tubulações, é menos complexa. Exceto em caso de estradas em que é necessário muito mais material.

Também, há uma diferença em relação ao tipo de legislação que atinge cada tipo, pois a infraestrutura é fiscalizada diretamente pelo poder público, precisando de licitações. O que obriga que seja feita por meio de regras específicas.

  1. Como é feita a terraplanagem?

O primeiro passo para a execução da terraplanagem é a análise da região. Tanto em relação aos processos de remoção da vegetação (se tiver), quanto para avaliar qual é o nível do declive que a área tem. Após a verificação, começa a terraplanagem, dividida em algumas etapas. Vamos conhecê-las a seguir!

3.1. Escavação

Inicia-se a remoção do excesso de terra, geralmente, é utilizado uma escavadeira que altera a topografia natural da área, rebaixando o terreno. É importante saber que existem duas formas de executar esse processo, dependendo da necessidade: com remoção da terra ou sem retirada de material.

No primeiro, o terreno não é apenas escavado, mas também a terra retirada é levada para outro lugar, geralmente, aterros ou bota-foras. No segundo, há uma cota, comum em todo o projeto, de nivelamento. Aqui, o excesso também é retirado, mas, em vez de ser jogado em outro lugar, ele é comportado para ser utilizado em áreas em que o nível é mais baixo do que o necessário para o projeto.

3.2. Aterrar

Basicamente, é despejar o excesso de terra armazenado na área desnivelada, ou seja, está abaixo da cota do projeto. Para que esse processo seja executado da maneira correta, geralmente, se utiliza terra vermelha, já que é um material que rende mais. Assim como a escavação, o processo de aterrar pode ser feito de duas maneiras: com importação de terra ou sem.

Muitas vezes, não é preciso que a terra seja escavada ou a própria área tem pouca terra, sendo necessário completar com material de outro lugar. Isso é chamado de aterrar com importação. Já no segundo processo, é utilizado material de origem do próprio terreno, geralmente, essa terra não tem funcionalidade. Ela é chamada também de corte e compensação.

3.3. Compactação de solo

Terminado o processo de retirada e aplicação de material, começa a compactação do solo. É importante dizer que esse é o momento relacionado à construção de aterros em partes do terreno. O solo é compactado por meio de rolos compactadores e compressores para torná-lo mais firme.

Primeiramente é preciso aterrar o local em até 20 cm e umedecer a terra, então, o rolo compactador passa para assentá-la. Esse processo é feito em diversas camadas até atingir o que foi especificado no projeto.

3.4. Troca de solo

Em alguns casos, a consistência do solo pode não ser firme o suficiente para que possa construir a estrutura do projeto. Nestes casos, é necessário fazer a sua troca. Inicialmente, os profissionais farão um estudo da região e das condições da área por meio de amostras. A partir dos resultados é possível saber o quanto será retirado para então importar terra e compactar o solo.

3.5. Drenagem do solo

Utilizada, principalmente, em casos em que a construção tem fundação profunda, a drenagem é uma técnica muito importante. O que ocorre é que o terreno pode estar muito úmido impossibilitando a compactação, nesses casos é comum que ocorra um processo de drenagem. Canais são criados em partes do terreno para escoar a água em excesso. Utilizando, valas em um nível mais baixo.

Saiba que a drenagem precisa respeitar as características da área, por exemplo, se é uma nascente a responsável pela umidade, é necessária uma distância de 50 metros para criar o canal. Enquanto, se a origem é o acúmulo de águas pluviais, o terreno é levemente inclinado para que ser mais fácil escoar a água.

3.6. Prevenção de erosão

Solos arenosos, sedimentares, com taludes, com terrenos em declive ou aclive, são propícios a terem erosões por causa das chuvas fortes. Nesse tipo de região, para evitar que apareçam essas alterações, são construídas curvas de nível. Ou seja, um corte ao longo do aclive ou declive para onde a água escorre. Dessa forma, evita-se a deterioração do solo e surgimento de erosões.

Pode ser necessário construir muitas ou poucas curvas, isso dependerá do tamanho e também do quanto ela está inclinada. Por exemplo, em uma aclive de 45°, bem comum em áreas sem aterro, as curvas não podem passar de seis metros de espaçamento.

  1. Quanto tempo leva para fazer a terraplanagem?

O tempo de execução da terraplanagem dependerá, exclusivamente, das condições do solo. Se ele é muito grande e acidentado ou se tem muitas complexidades, mais tempo será preciso para realizar esse processo. Também existem outros fatores, como a limpeza, o nível de chuvas e a atmosfera da região que fazem toda a diferença no processo, especialmente, na fase inicial de escavação e aterro.

Fonte: https://armac.com.br/


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