Corrosão é a interação destrutiva de um material com o ambiente, seja por reação química, ou eletroquímica, que ocorre em meio aquoso. A corrosão de armadura no concreto armado é um fenômeno que pode acontecer quando as condições de proteção proporcionadas pelo cobrimento desse concreto são insuficientes.
Para muitos, o fenômeno da corrosão das armaduras é mais frequente do que qualquer outro fenômeno de deterioração das estruturas de concreto armado, comprometendo-as tanto do ponto de vista estético quanto do ponto de vista da segurança.
O que causa a corrosão de armaduras?
O mecanismo de corrosão do aço no concreto é eletroquímico, tal qual a maioria das reações corrosivas em presença de água ou ambiente úmido.
Esta corrosão conduz à formação de óxidos/hidróxidos de ferro, produtos de corrosão avermelhados, pulverulentos e porosos, denominados ferrugem, e só ocorre nas seguintes condições:
No interior do concreto, o aço está protegido por uma camada passivadora que envolve o metal. Esta camada é formada e mantida devido ao elevado pH na solução dos poros do concreto.
Dessa forma, para que haja corrosão é necessário que a camada passivadora seja destruída (despassivação). Agentes agressivos como os íons cloretos e a carbonatação podem promover a despassivação, deixando o aço suscetível ao processo corrosivo.
No concreto armado a corrosão é considerada eletroquímica (como vimos acima), ocorrendo em meio aquoso, necessitando de um eletrólito, uma diferença de potencial, oxigênio e agentes agressivos. A corrosão afeta diretamente a durabilidade, pois diminui a seção do aço, reduzindo a vida útil da estrutura.
A deterioração de inúmeras obras devido à corrosão da armadura é um dos principais problemas associados à durabilidade do concreto.
Tanto pela gravidade do problema quanto pela frequência de ocorrência de corrosão da armadura, evidencia-se a necessidade de buscar soluções que contribuam para minimizar a incidência e evolução do processo corrosivo nas estruturas de concreto.
Um dos agentes agressivos que pode desencadear um processo corrosivo é o dióxido de carbono. Falamos de uma reação físico-química entre os compostos hidratados do cimento e o CO2 .Neste caso, a carbonatação provocará uma redução do pH, que desestabilizará a camada passivante, podendo iniciar um processo de corrosão generalizada.
Exemplo de corrosão das armaduras dos pilares.
Quais os principais tratamentos desse mal?
Para que não haja exposição da armadura, as normas brasileiras recomendam um cobrimento mínimo de concreto sobre as seções de aço. Ou seja, deve haver um volume mínimo de concreto ao redor da ferragem para evitar a corrosão. Caso o cobrimento mínimo não seja respeitado, a estrutura corre sério risco de não atender às exigências técnicas.
Portanto, um bom cobrimento das armaduras, com um concreto de alta compacidade, sem “ninhos”, com teor de argamassa adequado e homogêneo, com adição de sílica ativa, irá garantir através da impermeabilidade a proteção necessária do aço ao ataque de agentes agressivos externos.
Mas se a corrosão realmente ocorrer, a recuperação estrutural deve começar pelo diagnóstico das possíveis causas, feito por um especialista.
O procedimento padrão para a recuperação das áreas contaminadas por corrosão das armaduras consiste em retirar todo o concreto deteriorado até que se obtenha a exposição completa de uma superfície do concreto sã e íntegra.
Todo o produto de corrosão aderido às superfícies das barras das armaduras deverá ser completamente retirado antes que sejam colocados os materiais de reparo. Viabilizam-se os procedimentos de eliminação da corrosão baseados em limpeza rigorosa, utilizando lixas e mesmo jatos de areia ou limalhas.
Se a contaminação for decorrente de cloretos, ou se o material a ser utilizado no reparo for epoxídico ou polimérico, a limpeza com a utilização de jato de areia é altamente recomendável. Escovação intensa (escova de aço) e lixamento também fazem parte do processo.
Para recuperações em áreas com altas taxas de armadura, estruturas complexas e locais de difícil acesso, recomenda-se o uso de concreto fluido com características de autonivelamento, dispensando praticamente a vibração.
O engenheiro civil Marcelo Medeiros, professor de Mestrado em Engenharia de Construção Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR), separa dessa maneira a realização do tratamento das áreas afetadas pela corrosão:
Conforme as normas brasileiras, é preciso fazer um cobrimento mínimo de concreto sobre as seções de aço para que não haja exposição da armadura e assim, evitar a corrosão.
Para que esse processo aconteça de maneira adequada, é necessário adicionar a quantidade apropriada de argamassa e o teor homogêneo, com adição de sílica ativa para garantir a proteção do aço.
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